A morte é de matar

"(..)
 então decidi ver as fotos antigas para ver se me lembrava de como era rir a tóa,e "curtir " (minha sobrinha de 15 anos diz isso) com os amigos.Numa atitude infantil me sentei no chão com um velho album de fotos sobre o colo.Eu não o cuidava com carinho,notei isso quando vi o papel de bala que cobria o rosto do meu par de formatura
(ainda bem).Continuei vendo,incrivel como tinha tanta foto comprometedora minha alí.eu ri vendo todas aquelas antiguidades,fotos de quando eu ia a discotecas (eu dançava pra chuchu,sem falar que era um brotinho,bom ainda sou) com os amigos da faculdade.Eu ri tanto que minha barriga doia.Foi realmente bacana ver aquilo.Algumas fotos tinham aqueles adesivos coloridos com comentários,outras estavam rabiscadas,mas mesmo assim respirei alegria (e o pó do album,eu disse qeu não cuidava bem).
Depois de uns cinco minutos decidi levantar e guardar o albúm(dessa vez com carinho)em minha gaveta e foi nesse momento que ela chegou....Ela não olhava pra mi  com um tom de superoridade,olhava pra mim como as minhas amigas da ginastica olhavam pra mim (só que sem o sorriso sem graça).só percebi quem ela errada quando ela se apresentou:
-Olá,sou a Morte,qual o seu nome?
Ela perguntar meu nome acabou com a minha tese de que a morte tinha um livrinho com os nomes dos difuntos.Ela sorriu pra mim,a dona Morte sorriu pra mim!Nem preciso falar que entrei em desespero né?!
-Ai meu Jesus Cristinho - eu disse quando procurava um terço feito uma louca,mas a morte disse que não ia precisar disso porque a minha hora não havia chegado.Isso era bom,mas fiquei preocupa se eu não ia bater as botas quem ia?!
-Quero fazer-lhe uma proposta,estou precisando tirar férias e...queres trabalhar no meu lugar?
Essa era a pior proposta de trabalho que eu podia receber,fiquei me imaginando vendo as pessoas batendo as botas,abotoando o palitó,enfim não era o tipo de emprego que eu queria mas...(..)"

Maristela Barboza